sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A conjunção "como"

A conjunção"como" é empregada com diversas nuances semânticas. É sempre necessário analisar bem o contexto para detectar a sua intenção. Perceba alguns empregos a seguir:
1. Causa: Como não estava cansado, continuei a caminhada.
2. Comparação: Ela é leve como uma pluma.
3. Conformidade: Fiz os exercícios, como orientou o professor.
4. Exemplificação: Você pode escolher cursos como engenharia, direito ou nutrição.

Funções da Linguagem

Funções da Linguagem

Esse é o assunto mais importante para quem quer fazer uma prova de ENEM.
Em primeiro lugar, reconheça qual o elemento da comunicação que está em evidência no texto ou no trecho oferecido e, a partir daí, estabeleça a Função da Linguagem.

São seis os elementos da comunicação.
1. Emissor;
2. Receptor;
3. Referente (assunto)
4. Canal
5. Código
6. Forma (da apresentação e do conteúdo)

Detectada a função da linguagem, você estabelece a seguinte relação:
1. Se o emissor estiver em evidência, a função é emotiva;
2. Se o receptor estiver em evidência, a função e conativa ou apelativa;
3. Se o referente estiver em evidência, a função é referencial;
4. Se o canal estiver em evidência, a função é fatica;
5. Se o assunto for o próprio código ou o suporte, a função e metalinguística;
6. Se a forma do conteúdo ou da apresentação for inovadora, surpreendente, a função é poética.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

A concordância em expressões de porcentagem

Quando o sujeito é formado por expressões de porcentagem, o verbo fica no singular ou no plural?

A dúvida é pertinente e requer atenção do escritor.

CASO 1
Se você fizer a concordância com o numeral que integra a porcentagem, sua frase sempre ficará bem feita. Veja as situações e respectivos exemplos a seguir.
1 - Se for 1%, deixe o verbo no singular (1% da população votou naquele candidato);
2 - Se for 2% ou mais, leve o verbo para o plural (15% da população votaram naquele candidato).

CASO 2
No entanto, existe uma outra possibilidade de concordância. É o que se chama de "concordância atrativa". Assim, além de poder concordar com o numeral, como foi visto anteriormente, o verbo pode concordar com o elemento especificador (que vem junto da expressão de porcentagem). Veja as situações abaixo (o especificador está sublinhado) e os exemplos que as ilustram.
1 - 15% da população votou naquele candidato.
2- 10% dos eleitores votaram naquele candidato.
3 - 1% dos eleitores votaram naquele candidato.

CASO 3
Se a expressão de porcentagem vier antecedida de artigo, siga o artigo.
1- Os 30% da população sentiram-se prejudicados com a atitude do governo.

QUER UMA DICA?
Concorde sempre com o numeral da porcentagem. E ponto.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

NOVA ACENTUAÇÃO

NOVAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Junto com 2012, veio a obrigação de se usarem as novas regras de acentuação, implementadas a partir de 2009 e obrigatórias a partir de agora. Vamos publicar periodicamente as principais mudanças neste tópico para que você possa tirar suas dúvidas.


Uma das modificações mais importantes nas novas regras diz respeito à acentuação dos ditongos abertos:

COMO ERA ANTES: eram acentuados os ditongos abertos -éi, -ói e -éu em qualquer parte da palavra como em i-déi-a, ge-léi-a, bói-a, he-rói-co, fo-ga-réu.

COMO É AGORA: são acentuados os ditongos abertos -éi, -ói e -éu apenas quando estiverem na última sílaba. Sendo assim, as palavras seguintes já não recebem acento: ideia, geleia, boia, heroico. Mas o acento continua em herói, pastéis, réis(moeda). Os ditongos dessas palavras estão na última sílaba.


UFTM - 2012

 O bem mais valioso de nossa época não é o diamante nem o petróleo: é o tempo. Obedecendo à lei da oferta e da procura, quanto mais escasso ele fica, mais caro nos é. A seca temporal é geral: eu não tenho tempo, você não tem tempo, o empresário Eike Batista não tem tempo, o cara que está vendendo bala no farol, em agônica marcha atlética para recolher os saquinhos dos retrovisores, antes que abra o sinal, também não tem.
(...)
Há quem diga que a culpa é da melhora das comunicações e, consequentemente, da maior agilidade no envio de dados. Com a informação viajando tão rápido, desaprendemos a arte da espera. Antigamente, aguardar era normal. Estávamos sempre esperando alguma coisa chegar. Uma carta, pelo correio. Um disco, do exterior. Uma foto, um texto ou um documento, via portador. Esses hiatos eram tidos como normais, uma brecha saudável, pausa para o café, a prosa, o devaneio, a conversa na janela, a morte da bezerra. Hoje, não. Tá tudo aqui, e, se não está, nos afligimos.
(...)
Enquanto não descobrimos a cura para este mal, a única saída é aprender a lidar com ele. Há que cercar com muros altos certas horas do relógio, para que nada as possa roubar de nós. Fazer diques de pedra em torno da hora de ficar com nosso amor, da hora de trabalhar no projeto pessoal, da hora do esporte, de ler um livro, encontrar um amigo. Mesmo assim, vira e mexe, vêm as obrigações, como um tsunami, ou os eventos sociais, como meteoros, e derrubam as barragens. Não há nada a fazer, senão reconstruir os muros, ainda mais fortes do que antes.
(http://antonioprata.folha.blog.uol.com.br. Adaptado.)
PARA FAZER A LEITURA
O primeiro parágrafo apresenta o problema: a falta de tempo.
O segundo parágrafo argumenta fazendo uma suposição: a culpa pode ser da rapidez do processo comunicativo e traça um paralelo entre o que acontecia antigamente e o que ocorre hoje.
O terceiro parágrafo sugere que é necessário proteger determinados horários para a diversão, o lazer, o fazer nada, como acontecia antigamente.

QUESTÃO                  
A partir da leitura do texto, pode-se concluir que
(A) a valorização do tempo pela sociedade contemporânea é injustificada.
(B) o homem precisa reaprender a resguardar um tempo para o ócio.
(C) a escassez de tempo só não tem afetado as camadas mais ricas da sociedade.
(D) o homem, antigamente, era mais ágil para realizar suas tarefas do que hoje.
(E) os recursos tecnológicos têm contribuído para um melhor aproveitamento do tempo.



Resp. - b

sexta-feira, 24 de junho de 2011

DOIS-PONTOS: Vários Empregos

Questão do Vestibular da Universidade Federal de Uberlândia - Junho de 2011.
Assinale a alternativa em que o termo em caixa alta NÃO pode substituir os dois-pontos, sem que haja prejuízo de sentido do texto.
A) "[...] o aquecimento global nada mais seria do que uma das tantas emanações de Nêmiesis: a consequência nefasta de uma ação errônea." = OU SEJA
B) "O mito do único pecado que os gregos consideravam capital: a arrogância, entendida sobretudo como falta de consciência de limites [...] = ERA
C) "[...] inventamos uma cultura inteiramente destituída de bom senso: a cultura da produtividade e do consumismo insustentáveis." = A SABER
D) "Ela está aí: o planeta reage às agressões de múltiplas formas e, no momento, a mais ameaçadora delas chama-se aquecimento global." = PORQUE

A resposta se encontra na alternativa D. O enunciado apresentado após os dois-pontos não é uma explicação para o enunciado anterior. Por isso, não é possível substituir os dois-pontos pela conjunção "porque".
Nas outras alternativas, a expressões em maiúsculo podem substituir os dois-pontos.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

"OU": Inclusão ou Exclusão?

A conjunção "OU" pode ser empregada tanto com valor de inclusão quanto de exclusão.
Para fazer essa diferenciação, avalie o valor de exclusão, verificando se uma das alternativas ligadas pela conjunção exclui ou não exclui a possibilidade de a outra acontecer.
Veja os exemplos:

Maria pode-se casar com João ou Antônio. Perceba que, se João casar-se com Maria, Antônio ficará excluído do processo. Portanto, a conjunção "OU" tem valor de exclusão.

As plantas são prejudicadas pelo frio ou pelo calor excessivo. Perceba que tanto o frio, quanto o calor excessivo prejudicam as plantas e a ocorrência de um não impede a ocorrência do outro. Portanto, ca conjunção "OU" tem valor de inclusão.