terça-feira, 24 de janeiro de 2012

NOVA ACENTUAÇÃO

NOVAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Junto com 2012, veio a obrigação de se usarem as novas regras de acentuação, implementadas a partir de 2009 e obrigatórias a partir de agora. Vamos publicar periodicamente as principais mudanças neste tópico para que você possa tirar suas dúvidas.


Uma das modificações mais importantes nas novas regras diz respeito à acentuação dos ditongos abertos:

COMO ERA ANTES: eram acentuados os ditongos abertos -éi, -ói e -éu em qualquer parte da palavra como em i-déi-a, ge-léi-a, bói-a, he-rói-co, fo-ga-réu.

COMO É AGORA: são acentuados os ditongos abertos -éi, -ói e -éu apenas quando estiverem na última sílaba. Sendo assim, as palavras seguintes já não recebem acento: ideia, geleia, boia, heroico. Mas o acento continua em herói, pastéis, réis(moeda). Os ditongos dessas palavras estão na última sílaba.


UFTM - 2012

 O bem mais valioso de nossa época não é o diamante nem o petróleo: é o tempo. Obedecendo à lei da oferta e da procura, quanto mais escasso ele fica, mais caro nos é. A seca temporal é geral: eu não tenho tempo, você não tem tempo, o empresário Eike Batista não tem tempo, o cara que está vendendo bala no farol, em agônica marcha atlética para recolher os saquinhos dos retrovisores, antes que abra o sinal, também não tem.
(...)
Há quem diga que a culpa é da melhora das comunicações e, consequentemente, da maior agilidade no envio de dados. Com a informação viajando tão rápido, desaprendemos a arte da espera. Antigamente, aguardar era normal. Estávamos sempre esperando alguma coisa chegar. Uma carta, pelo correio. Um disco, do exterior. Uma foto, um texto ou um documento, via portador. Esses hiatos eram tidos como normais, uma brecha saudável, pausa para o café, a prosa, o devaneio, a conversa na janela, a morte da bezerra. Hoje, não. Tá tudo aqui, e, se não está, nos afligimos.
(...)
Enquanto não descobrimos a cura para este mal, a única saída é aprender a lidar com ele. Há que cercar com muros altos certas horas do relógio, para que nada as possa roubar de nós. Fazer diques de pedra em torno da hora de ficar com nosso amor, da hora de trabalhar no projeto pessoal, da hora do esporte, de ler um livro, encontrar um amigo. Mesmo assim, vira e mexe, vêm as obrigações, como um tsunami, ou os eventos sociais, como meteoros, e derrubam as barragens. Não há nada a fazer, senão reconstruir os muros, ainda mais fortes do que antes.
(http://antonioprata.folha.blog.uol.com.br. Adaptado.)
PARA FAZER A LEITURA
O primeiro parágrafo apresenta o problema: a falta de tempo.
O segundo parágrafo argumenta fazendo uma suposição: a culpa pode ser da rapidez do processo comunicativo e traça um paralelo entre o que acontecia antigamente e o que ocorre hoje.
O terceiro parágrafo sugere que é necessário proteger determinados horários para a diversão, o lazer, o fazer nada, como acontecia antigamente.

QUESTÃO                  
A partir da leitura do texto, pode-se concluir que
(A) a valorização do tempo pela sociedade contemporânea é injustificada.
(B) o homem precisa reaprender a resguardar um tempo para o ócio.
(C) a escassez de tempo só não tem afetado as camadas mais ricas da sociedade.
(D) o homem, antigamente, era mais ágil para realizar suas tarefas do que hoje.
(E) os recursos tecnológicos têm contribuído para um melhor aproveitamento do tempo.



Resp. - b